Causas básicas

Causas básicas
A emissão aumentada dos gases estufa decorre de uma série de mudanças introduzidas pela sociedade contemporânea. O fator básico é a explosão populacional, que desencadeou a exploração dos recursos naturais em escala cada vez maior e mais rápida a fim de atender às crescentes necessidades de energia, alimento, transporte, educação, saúde e materiais para construção de habitações e infraestruturas e para a produção de uma série infindável de bens de consumo e mesmo luxos supérfluos, criando-se uma civilização que prima pelo desrespeito à natureza, pelo consumismo, pela insustentabilidade e pelos elevados índices de desperdícios e de geração de lixo e poluição.[22][23][24][25] Desde o início do século XIX a população humana aumentou seu tamanho em sete vezes, desde a década de 1960 até o presente os níveis de consumo duplicaram e cerca de 60% dos recursos naturais já estão esgotados ou em vias de rápido esgotamento.[26] Ao longo do século XXI espera-se um aumento acelerado no consumo, que pode chegar a ser 900% maior do que os níveis atuais.[27]

Neste processo de acelerado crescimento populacional e econômico, desenvolveram-se tecnologias e sistemas produtivos que consomem muitos recursos naturais e são altamente poluidores, e que ainda têm no uso dos combustíveis fósseis sua principal fonte de energia. Ao mesmo tempo, a necessidade de espaço para urbanização e para a formação de lavouras e pastagens determinou a derrubada de imensas áreas florestais e a degradação da maior parte dos ecossistemas da Terra. A queima de combustíveis fósseis e as mudanças no uso da terra — incluindo o desmatamento, uso de fertilizantes e agrotóxicos, as queimadas e outras práticas agropecuárias — são as principais fontes de gases estufa. Outras fontes importantes são a degradação dos solos, o desperdício de alimentos e a produção de resíduos (lixo, esgotos, efluentes industriais, etc).[22][28][29]

Em 2010 o setor elétrico e a produção de energia calorífera respondiam por 25% das emissões globais de gases estufa, incluindo a queima de carvão, gás natural e derivados do petróleo. A indústria respondia por 21% do total, incluindo queima de combustíveis fósseis para processos químicos, metalúrgicos, transformação mineral e manejo de resíduos. A agricultura, a silvicultura, o desmatamento e outros usos da terra eram responsáveis por 24% do total. Ao setor de transporte cabiam 14%, à construção civil 6%, e o restante a uma série de outros agentes de menor expressão.[28]

Evidências do aquecimento global
Ver artigo principal: Recuo dos glaciares desde 1850, Subida do nível do mar

Recuo do Glaciar McCarty entre 1909 e 2004
Que está em andamento um aquecimento generalizado do planeta é fato comprovado por várias evidências concretas, e reconhecido como inequívoco pelo consenso dos climatologistas. As evidências são recolhidas através de estações meteorológicas, registros de paleoclima, batitermógrafos, satélites, entre outros métodos de medição.[13] Elas incluem:

O aumento na temperatura da atmosfera sobre terras e mares;[16][30]
O aumento no nível de umidade atmosférica, possível graças à capacidade do ar quente reter mais vapor de água do que o ar frio;[30]
A retração da vasta maioria das geleiras;[16][30][31]
A diminuição da área coberta por neve;[16][30][32]
A retração do gelo oceânico global;[16][30][33]
Migração de muitas espécies animais e vegetais de climas mais quentes em direção aos pólos, ou a altitudes mais elevadas;[34][16][35][36]
O aumento da temperatura do mar, com o resultado de elevar-se o seu nível pela expansão térmica;[16][30]
O adiantamento da ocorrência de eventos associados à primavera, como as cheias de rios e lagos decorrentes de degelo, brotamento de plantas e migrações de animais.[16]
Esses dados dão provas materiais seguras de que o clima está realmente esquentando.


0 comentários:

Enviar um comentário